Depois de cinco aumentos consecutivos, o custo da cesta básica na cidade de Itajaí registrou queda de 2,13% no mês de abril, em relação a março, e passou de R$ 314,55 para R$ 307,84. Cálculos feitos pelo projeto Cesta Básica Alimentar de Itajaí, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), indicam que mesmo com a queda, este ano, o custo da cesta básica acumula alta de 10,25%, bem acima do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para a meta da inflação.
As principais quedas foram registradas nos preços da batata (12,29%), do feijão preto (13,67%), do tomate (12,32%), da farinha de trigo (3,15%) e do açúcar (0,62%). No entanto, alguns itens apresentaram alta, como o leite tipo C (6,21%), o café em pó (3,56%), a banana (3,10%), a manteiga (2,19%) e o óleo de soja (2,05%).
GASTOS COM ALIMENTAÇÃO SUBIRAM EM 2015
Conforme levantamento da Univali, este ano, dos treze produtos da cesta básica, onze apresentam alta de preço. Com exceção do feijão preto e da batata, que ficaram mais baratos, 12,6% e 0,6%, respectivamente, os demais alimentos sofreram elevação de preços.
Os itens que apresentaram as maiores altas foram: a banana (21,3%), o óleo de soja (18,3%), o açúcar (16,4%), o arroz (16,0%), o leite tipo C (14,2%), a margarina (12,5%), o café (12,0%), a carne (12,3%), o pão (10,2%), o tomate (7,7%) e farinha de trigo (7,7%).
A carne é o produto com maior peso sobre o custo da cesta, 39,40%, em seguida vem o pão com 14,32%, o tomate com 8,75% e a banana com 7,88%.
SALÁRIO MÍNIMO
O economista responsável pela pesquisa, Jairo Ferracioli, afirma que com a queda no custo da cesta básica em Itajaí, houve uma leve melhora no poder de compra do trabalhador assalariado no mês de abril. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 39,92% em março para 39,07% em abril. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta, passou de 87h48min para 85h55min.
Tomando como base a Lei nº 399 de 1938, que criou a cesta básica, o custo da cesta não deveria exceder 33,63% do salário vigente, neste caso, o salário mínimo de um trabalhador deveria ser de R$ 923,52 e de uma família padrão (dois adultos e duas crianças) deveria ser de R$ 2.746,12.