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Um império à beira de um precipício

Falecimento do sócio majoritário da Uniavan acendeu uma disputa pela cadeira do presidente, que foi parar até na justiça

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Imagine uma instituição de ensino sem prestígio, em tão pouco tempo, se tornar em uma das maiores e mais respeitadas empresas da região. Um grande e acelerado crescimento, impulsionado pelos acertos da gestão, que levaram o empreendimento a aumentar em dez vezes seu faturamento e passar a ter um valuation 38 vezes maior. Essa é a Uniavan, a instituição de ensino que mais tem se destacado em Balneário Camboriú e Santa Catarina.

A Faculdade Avantis — assim chamada antes de ser tornar Centro Universitário — foi fundada em 2002 por Artenir Werner, junto a outros sócios. Por algum tempo foi uma instituição sucateada, com marca fraca e sem evidência no mercado. Com pouco conhecimento em educação, há cerca de oito anos, Artenir chamou Mohamad Hussein Abou Wadi para montar a área da saúde da instituição, pelo seu know-how com a odontologia. Werner gostou do jeito que Mohamad trabalhava e o convenceu a ser sócio da empresa, e juntos, fizeram a empresa se tornar o que é hoje.

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Três anos depois de Mohamad aceitar o desafio proposto por Artenir e assumir a presidência da Avantis, e com a melhora dos seus indicadores, a faculdade começou a conquistar o prestígio no mercado educacional. Em 2017, a instituição alcançou o posto de melhor faculdade de Santa Catarina, sendo recredenciada com conceito 5, nota máxima emitida pelo Ministério da Educação (MEC). No ano de 2018 passou a ser Centro Universitário, tornando-se UniAvan, novamente com conceito 5.

Segundo o reitor André Gobbo, desde que Mohamad assumiu, a Uniavan tem uma nova cara. “Ele e o senhor Artenir transformaram uma pequena instituição que era, em uma grande instituição de ensino. Vieram grandes investimentos em cursos na área da saúde e laboratórios de odontologia se tornaram referência. A Uniavan tornou-se uma instituição de nível estadual e também nacional, que se deve grande parte à gestão de Mohamad”, explica Gobbo.

De R$ 7 milhões de faturamento anual, hoje a instituição fatura R$ 70 milhões e tem previsão de faturar R$ 77 milhões no ano de 2022. Uma empresa que antes valia R$ 8 milhões, passou a valer R$ 300 milhões, sem contar os outros R$ 100 milhões que passaram a valer o terreno e prédios. Mas uma disputa judicial pela presidência da Uniavan pode interromper esse ciclo de crescimento, evolução e prosperidade.

A DISPUTADA CADEIRA DO PRESIDENTE

Tem uma frase que diz que o sucesso tem muitos pais, mas o fracasso é órfão. E essa frase resume o momento que vive a Uniavan hoje, após a morte do seu sócio-fundador, Artenir Werner, em que todos querem a disputada cadeira do presidente.

Com duas famílias no comando da instituição, o atual presidente nunca conseguiu exercer gestão plena, muito menos demitir familiares do Sr. Artenir e da reitora, que possuem altos cargos e salários, mesmo sem a qualificação ideal para ocupá-los.

Com o falecimento do patriarca, em 9 de dezembro de 2020, herdeiros começaram a surgir e a reivindicar um espaço maior, começando uma briga interna por dinheiro e poder. Perdeu-se o respeito pelo cargo do presidente Mohamad, que ficou engessado na operação e sofrendo boicotes. Sócios mudaram o tratamento e a sinergia parece ter terminado.

Atualmente corre na justiça algumas ações de membros da família do Sr. Artenir, questionando a presidência de Mohamad, nomeado por Werner ainda em vida em detrimento de membros da família.

Procuramos o presidente Mohamad e o vice-presidente Arnoldo Werner Neto para questioná-los sobre as ações judiciais, mas não tivemos retorno até o fechamento desta matéria.

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