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Divisão de Inteligência do TJ resgata servidora desaparecida há mais de um ano

Ela estava sendo mantida em cárcere privado pelo próprio namorado em um cubículo na Vila Operária, em Itajaí

A Divisão de Inteligência do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS) do Tribunal de Justiça de Santa Catarina conseguiu resgatar nesta quarta-feira, 05.jun.2019, uma servidora do Poder Judiciário catarinense. Ela estava desaparecida desde fevereiro do ano passado e foi encontrada em um cubículo no bairro Vila Operária, em Itajaí, onde foi mantida em cárcere privado pelo próprio namorado.

A servidora atuava como técnica judiciária auxiliar no fórum de Itajaí. Em janeiro do ano passado, ela entrou em férias e após o período não retornou ao trabalho. A direção do foro comunicou, então, o fato à Presidência do TJ, que imediatamente acionou o NIS para iniciar investigações sobre o paradeiro da servidora. A partir daí foram cumpridos todos os passos, que incluíram interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário e busca e apreensão entre outras ações. As investigações seguiram até agosto de 2018 e foram suspensas por falta de informações sobre o caso.

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Na terça-feira desta semana, um morador de uma casa próxima ao cubículo onde a servidora e o namorado permaneceram nos últimos tempos entregou à juíza Sônia Moroso, da comarca de Itajaí, uma carta manuscrita pela vítima na qual ela pedia ajuda. “Nós a encontramos debilitada, fora de si e num local em péssimas condições de higiene”, relatou o delegado Mauro Cândido dos Santos Rodrigues, chefe da Divisão de Inteligência do NIS.

Segundo o delegado, a servidora teria sido manipulada pelo próprio namorado, que a fez acreditar que precisava ficar escondida, pois estava sendo perseguida pela polícia e políticos. “Tanto o namorado quanto a servidora demonstraram estar completamente transtornados, falando a todo tempo em perseguição. Ela já havia tentado tratamento contra esquizofrenia e era dependente química. Acreditamos que o próprio namorado, pelo que fez, agravou ainda mais o quadro dela”, ressalta Rodrigues.

O namorado da vítima foi preso pela equipe do NIS e está em Itajaí; ela foi encaminhada para o Instituto Psiquiátrico de São José, onde seguirá internada. A família da servidora, que é natural de Maravilha, no oeste do Estado, já foi informada e deve encontrá-la ainda hoje. “Foi um trabalho gratificante, em que nos envolvemos muito. Felizmente conseguimos salvar a vida de uma servidora que, assim como a vida dos magistrados, é o principal ativo do Poder Judiciário catarinense”, destacou o delegado, que aproveita a oportunidade para agradecer o apoio dos juízes Mauro Ferrandin e Sônia Moroso, da comarca de Itajaí, os quais colaboraram em todas as etapas das investigações. “O encontro da servidora denota o comprometimento da equipe do NIS, que incansavelmente diligenciou buscando informações que pudessem levar ao seu paradeiro e, embora decorrido um lapso temporal sem notícias, envidou todos os esforços para encontrá-la ao saber da carta por ela encaminhada. Fica, além do alívio e satisfação por tê-la encontrado, a certeza de que as atividades desenvolvidas pelo Núcleo vão ao encontro do proposto quando da criação do órgão, que é a proteção de todos os ativos do Poder Judiciário, dentre os quais, indubitavelmente, as pessoas são o mais importante”, complementou o desembargador Sidney Eloy Dalabrida, coordenador do NIS.

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