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Agricultores de Camboriú se reúnem para discutir o futuro da produção de arroz

1º Encontro Municipal de Produtores de Arroz reuniu agricultores em palestras sobre uso da água, manejo da fertilidade do solo, mercado do arroz e cooperativismo

Agricultores de Camboriú se reúnem para discutir o futuro da produção de arroz
Divulgação

Famílias agricultoras de Camboriú se reuniram na manhã desta sexta-feira, dia 18, no interior da cidade, para aprender novas técnicas de sustentabilidade e discutir o mercado do cultivo do arroz irrigado. O 1º Encontro Municipal de Produtores de Arroz foi realizado no salão da Capela Nossa Senhora do Rosário – na localidade do Braço – e além de oferecer aperfeiçoamento profissional, também promoveu integração e troca de contatos entre a comunidade. De acordo com o secretário de Agricultura, Eduardo Melo Rebello, o evento organizado pela Secretaria, em parceria com a Epagri e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Camboriú, tinha dois objetivos principais: levar informações ao produtor acerca do uso da água e manejo do solo e integrar os participantes para gerar negócios.

“A agricultura familiar e a produção de arroz são atividade tradicionais em Camboriú, que vêm de muitos anos, e que queremos levar para o futuro”, defendeu o prefeito Elcio Kuhnen no evento. Com foco nesse futuro, o pesquisador da Epagri Marcos Lima Campos do Vale abriu a primeira palestra do dia explicando o conceito de sustentabilidade aos agricultores, ensinou técnicas para reduzir o consumo de água durante a produção e reforçou: “Uma atividade sustentável é aquela que consegue se manter por muito tempo. Precisamos ser mais eficientes no uso dos recursos hídricos”.

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Oderlei Márcio Anschau, extensionista rural da Epagri, explica que um dos objetivos das palestras era difundir técnicas de manejo sustentável que vão da água à adubação. “A ideia é demonstrar que dá para produzir com menos quantidade de água. Inclusive para tentar solucionar o conflito da água que existe. As pessoas veem o arroz como vilão, mas tentamos desmistificar isso. Também falar de mercado, cooperativismo, para que o agricultor reduza seus custos”, resume.

Mais conhecimento

Gilberto Gardini, de 56 anos, nasceu e cresceu entre os arrozais de Camboriú. O produtor acompanhou todas as palestras, do começo ao fim, e comemorou o aprendizado. “Foi uma maravilha. Valeu a pena escutar as palestras, foi a melhor coisa que o produtor de Camboriú poderia receber. Quem não veio perdeu”, garantiu. Segundo ele, parte o conhecimento aprendido no encontro será aplicado imediatamente na sua propriedade, que se prepara para semear o arroz para a próxima safra.

A agricultora Irene da Silva Pereira, de 50 anos, se recorda de colher e bater o arroz ainda criança, antes de ir para a escola, e também se disse satisfeita com o conhecimento transmitido. “Nasci aqui e faz 50 anos que conheço o cultivo do arroz. Antes arava com boi, fazia a semeadura manual. O cotidiano sempre vai mudando, evoluindo. A mudança melhora cada vez mais as coisas para a gente, então foi muito bom”, comentou.

Além da palestra sobre o uso sustentável da água, os produtores camboriuenses também aprenderam sobre o manejo da fertilidade dos solos com a engenheira agrônoma Fabiana Schimidt e assistiram a uma palestra sobre o mercado do arroz com João Paulo Franzner, da Urbano Agroindustrial. Por fim, Harry Dorow – presidente da Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (Cravil) – falou sobre cooperativismo e a importância da união entre os produtores para se fortalecerem economicamente.

Com o patrocínio de empresas da região, após as palestras foi servido um almoço aos participantes, sorteados brindes e oferecido um baile com músicas tradicionais do campo.

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