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Comitê aprova proposta de Canalização do Marambaia, mas exige compromisso da Compur

Há mais de dois anos, a Prefeitura de Balneário Camboriú está pleiteando, junto ao Governo Federal, recursos para a execução de uma grande obra que envolve a canalização de parte do canal do Rio Marambaia e a construção de um molhe na barra norte da cidade.

Recentemente, a Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Balneário Camboriú – Compur, que está à frente do projeto, procurou o Comitê Camboriú para obter um parecer favorável à obra. O documento é uma exigência da Caixa Econômica Federal e, sem ele, o recurso não pode ser liberado.

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Desde então, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú reuniu seu grupo técnico de trabalho (GT) e começou uma série de reuniões para análise criteriosa da proposta. Segundo o presidente do GT do Comitê, professor Paulo Ricardo Schwingel, várias dúvidas sobre a execução da obra, principalmente no que diz respeito à construção do molhe, foram levantadas pelo grupo. “Chamamos o diretor da Compur para uma última reunião, que aconteceu na segunda-feira, dia 27. Ele esclareceu a maior parte das dúvidas que tínhamos, mas ainda temos algumas análises para concluir”, explicou Schwingel.

Porém, como o prazo para a entrega do documento na Caixa é dia 29 deste mês, o presidente do Comitê Camboriú, Ênio Faqueti, propôs um acordo à Compur. “Nós propomos dar o parecer favorável à obra, desde que a Compur se comprometesse documentalmente a realizar as modificações que o Comitê sugerir, com o intuito de melhorar o projeto”, disse Faqueti.

Com o acordo firmado, na tarde desta terça-feira, dia 28, o presidente do Comitê Camboriú, Ênio Faqueti, representou a entidade na entrega do parecer favorável à obra.

O documento foi entregue diretamente ao prefeito Edson Renato Dias, o Piriquito, que protocolou no Comitê um documento se comprometendo publicamente a acatar as mudanças que o grupo técnico do comitê sugerir no projeto. “Gostaria de agradecer ao Comitê Camboriú, que realiza este trabalho voluntário com muita responsabilidade”, declarou o prefeito.

Segundo Faqueti, esta postura do Comitê mostra o intuito da entidade, que é contribuir para que as propostas dos municípios de Camboriú e Balneário, que tenham intervenção direta nos cursos d’água, possam ser cada vez melhores. “Não queremos atrapalhar os processos. Se as obras são para benefício de todos, o Comitê somente somará para que fiquem ainda melhores”, destacou o presidente.

Ressalvas já feitas

Durante a reunião entre o diretor técnico da Compur, Gioavani da Silva Constante, e os membros do GT, os técnicos do Comitê já fizeram algumas ressalvas no projeto. Entre elas está a falta de uma medida compensatória pelo impacto ambiental da obra.

Segundo o professor Paulo Ricardo Schwingel, que preside o GT, a maior dúvida é sobre a obra do molhe. “Ela pode mudar a circulação das ondas, o que pode dificultar o engordamento da praia, previsto pela Prefeitura. Temos que analisar também a hidrodinâmica para que não sejam criados pontos de erosão na areia da praia”, ressalvou Schwingel. A Compur se comprometeu, inclusive, a ampliar os estudos e adaptar o projeto, caso haja problemas na execução do molhe.

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