Além do período natural de reprodução, no entanto, as águas-vivas podem produzir um fenômeno conhecido como “enxamenamento”, no qual os animais aglomeram-se rapidamente e em grandes quantidades que podem alcançar milhares de indivíduos. Suspeita-se ainda que a diminuição da qualidade do ambiente marinho, provocada pela poluição, o aumento da exploração de recursos naturais e da temperatura global, estejam contribuindo para o acréscimo mundial do número de medusas (águas vivas) na última década.
As águas-vivas possuem baixa mobilidade e vivem à deriva nas correntes marinhas. Ao se aproximarem da praia ficam à deriva das ondas e correntes litorâneas. Portanto, ao contrário de predadores como o tubarão e as barracudas, elas não atacam ou perseguem as pessoas como muitos acreditam.
O poder urticante destas toxinas varia conforme a espécie de medusa mas também conforme a sensibilidade das pessoas. Portanto, dependendo da pessoa, uma mesma espécie de água marinha pode provocar desde uma leve irritação na pele até queimaduras bem dolorosas.
A Secretaria de Saúde recomenda a aplicação de compressas de água do mar gelada no local do ferimento – não de água doce, que pode agravar a situação – e de banhos de vinagre. Este procedimento funciona na maioria dos casos, onde o que existe é apenas dor e vermelhidão da pele. Casos mais graves, embora raríssimos no Brasil, podem requerer internação em UTI e até causar morte.
Carlos Eduardo Araújo – Oceanógrafo
Laís Fernandes – Acadêmica de Oceanografia
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