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Cerca de três mil pessoas participam da Celebração de Corpus Christi em Itajaí

Aproximadamente três mil pessoas estiveram presentes à celebração litúrgica de Corpus Christi, na manhã desta quinta-feira (03). Em função da chuva que atingiu a cidade, a organização decidiu promover tanto a missa quanto a procissão no Centreventos Itajaí, mesmo com os tapetes prontos no trajeto original estabelecido para a procissão, que deveria sair do Centreventos e seguir até a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento.

A comemoração de Corpus Christi, padroeiro do Município, integra o calendário oficial de comemorações pelos 150 anos de emancipação político-administrativa de Itajaí e por isso, alguns tapetes ganharam inscrições específicas em celebração ao sesquicentenário da cidade.

O evento religioso reuniu representantes de todas as 12 paróquias da Comarca Católica itajaiense, que inclui, ainda, as cidades de Balneário Camboriú e Camboriú. Por motivo de doença, o Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, não pôde comparecer e o ato foi presidido pelo Reitor do Seminário Teológico de Santa Catarina, Padre Vitor Feller.

Origem

A expressão Corpus Christi tem origem latina e significa “Corpo de Cristo”, explica o chefe de gabinete e historiador Edison d’Ávila. Ele conta que Corpus Christi, também denominada de Santíssimo Sacramento, é uma festa litúrgica da Igreja Católica que homenageia a presença do Corpo de Cristo na hóstia sagrada. Em Itajaí, a primeira capela criada em 1824 teve como padroeiro o Santíssimo Sacramento, que posteriormente veio a se tornar o padroeiro do município.

Já a Festa de Corpus Christi, que compõe missa e procissão, de acordo com o historiador, é uma tradição do século XIII, com a característica de enfeitar o trajeto por onde passa o ostensório com a hóstia sagrada, com tapetes elaborados com diferentes espécies de materiais, dependendo da cultura local (tecidos, flores, ramos de árvores, entre outros).

Em Itajaí, a tradição da procissão de Corpus Christi iniciou no final do século XIX, com o uso de flores e folhas de árvore para a confecção dos tapetes. Mais tarde, por volta do final da década de 1940 e início dos anos 50, com o advento do ciclo da madeira no município e a consequente instalação de várias serrarias, começou a tradição que segue até os dias atuais, de utilizar o pó de serra resultante do beneficiamento da madeira, para ornamentar o trajeto da procissão.

Edison d’Ávila cita que, graças à criatividade de artistas e artesãos, os tapetes se tornam verdadeiras obras de arte, que utilizam ainda materiais como o pó de café, areia, tampas de refrigerante, entre tantos outros itens. Os tapetes normalmente evocam temas religiosos e incentivam as pessoas a viver em clima de paz, harmonia e amor.

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