Click Camboriú Notícias Assinado protocolo de intenções para implantação do Parque Tecnológico de Itajaí

Assinado protocolo de intenções para implantação do Parque Tecnológico de Itajaí

Foi assinado na noite desta terça-feira (25) um protocolo de intenções entre a Prefeitura de Itajaí, Univali e ACII para a implantação de um Parque Tecnológico no município. “Vamos ser objetivos, sair do campo das idéias e partir para a ação. Dentro de suas limitações, o município está disposto a tornar realidade o seu Parque Tecnológico”. Com este discurso direto, o prefeito de Itajaí reafirmou o interesse da municipalidade em possuir um centro de fomento de conhecimento e inovações tecnológicas. O ato de assinatura do acordo ocorreu no encerramento do Seminário de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Sedeer) no auditório do Sindicato das Indústrias da Pesca (Sindipi), em mais uma atividade que integra as comemorações dos 150 anos de emancipação político-administrativa de Itajaí.

O Seminário de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica foi aberto com uma palestra do presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Rui Luiz Gonçalves. Ele abriu seu pronunciamento lembrando de sua origem em Ilhota e das dificuldades para estudar na infância, o que levou a família a se mudar para o Bairro Fazenda, em Itajaí. Depois de frequentar o Colégio Nereu Ramos ele cursou a faculdade de computação na UFSC, em Florianópolis. Hoje, é um bem sucedido empresário do ramo de software para construção civil. E com o espírito empreendedor e inovador que possui, Rui teceu comentários que instigaram a plateia. Defensor da ideia do desenvolvimento regionalizado e da necessidade de articulação, ele afirmou que “podemos transformar Santa Catarina no ‘Vale do Silício’ da América Latina”. E que não é a universidade quem tem que provocar a inovação. As empresas é que têm que provocar o empresariado e buscar o suporte da universidade para alcançar a inovação.

Para Rui Gonçalves, o mundo está se reinventando e os homens de negócio precisam entender de relacionamento humano. “O maior capital de uma indústria são as pessoas”, ressaltou. Ao reafirmar a mudança de paradigmas surgida com o advento da internet, o presidente da Acate citou que é preciso um amplo programa de inclusão digital. “Um analfabeto digital vai ser um problema para a sociedade em 10 anos”, sentenciou. E concluiu afirmando que “inovação tem que ser discussão do dia-a-dia. Um produto inovador quebra barreiras, não há nada que a inovação não vença”.

Logo após a palestra, o Seminário contou com uma mesa redonda envolvendo o Prefeito Municipal; o Reitor da Univali, Mário Cesar dos Santos; a Presidente da Associação Empresarial (ACII) Maria Isabel Pinheiro Sandri; o presidente do Sindipi (como anfitrião) Dario Vittali; a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda e o diretor da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) e representante do governador no evento, Arnaldo Schmitt Neto.

A presidente da ACII destacou a conjuntura favorável à discussão do tema, com a presença de representantes dos três principais atores envolvidos na implantação de um parque tecnológico: o setor produtivo, o acadêmico e o poder público. Para Maria Isabel Pinheiro Sandri, é fundamental ocorrer a simplificação do acesso da indústria ao financiamento para inovação. “Apesar do avanço nas políticas fiscais, muitos ainda não resistem à complexidade do processo”, enfatizou.
Já o Reitor da Univali, Mário Cesar dos Santos, citou que “grandes países exportadores deixaram de transportar bens tangíveis para transportar bens intangíveis, em especial o conhecimento. “Precisamos reverter nossa economia para não depender somente dos ‘comodities’. Tivemos os ciclos da madeira, da pesca e agora devemos ter um novo foco, uma nova vocação econômica, pois o binômio porto e pesca é atividade sazonal. E precisamos agregar, além da indústria, o conhecimento de forma sustentável”, apontou.

Para o prefeito de Itajaí é muito importante acreditarmos no nosso potencial, termos em mente que a tecnologia deve ser aplicada à realidade e às necessidades locais. E que os problemas são o estímulo à evolução. “O problema é que gera inovação. Acomodação não inova”.

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