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Da brincadeira ao lucro: eSports conquistam cada vez mais espaço no mercado brasileiro

Categoria está abrindo um verdadeiro leque de possibilidades na indústria de games, indo do desenvolvimento de jogos até às apostas em eSports

Em tempos de transformação digital é muito tênue a linha entre realidade virtual e offline. E é neste cenário que surgiu uma nova modalidade esportiva que tem angariado milhões de fãs ao redor do mundo. Essa nova modalidade é chamada de eSport. Também conhecido como esporte eletrônico, o termo refere-se à categoria profissional de jogos de vídeo game em que acontecem torneios entre os “pro players” (jogadores profissionais de games considerados verdadeiros atletas). Os jogos podem acontecer individualmente ou em equipes e os jogadores concorrem a prêmios milionários, além de serem patrocinados por grandes marcas. Mais do que entretenimento ou esporte, a categoria vislumbra um mercado promissor, que vai desde o desenvolvimento dos jogos até as apostas em eSports.

De origem asiática, o eSport já é mundialmente reconhecido como uma modalidade esportiva, tendo campeonatos transmitidos por canais como ESPN e Sportv. Além dos canais fechados, é possível assistir aos maiores torneios ao vivo pela Internet e, nas etapas presenciais, milhares de fãs vão até as arenas para acompanhar de perto seus jogadores e equipes favoritas. No mundo dos eSports, as categorias principais dos jogos são: Moba (arena de batalha para multijogador online) e Evo (campeonato de evolução, com jogos de luta), além de campeonatos de futebol e cartas virtuais. League of Legends, DotA 2, Fifa, Counter-Strike e Starcraft estão entre os jogos favoritos de quem acompanha a nova modalidade esportiva.

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Investimento 

Frente a investimentos bilionários, o ato de jogar videogame deixou há muito de ser brincadeira de criança abrindo um leque para uma indústria promissora, que está gerando possibilidades em diversas vertentes de mercado. Hoje, as competições de eSports envolvem investimento em marketing, patrocínio, equipamentos, treino, preparação física, nutricional e psicológico das equipes, transmissão das partidas, apostas e muito mais.

Para 2019, a previsão é de que o mercado de eSports cresça em torno de 15%, chegando a U$1.1 bilhão de dólares (cerca de R$ 4 bilhões), e que o público global da modalidade ultrapasse os 450 milhões de pessoas, segundo dados da Newzoo, consultoria global de marketing especializado em eSports. De acordo com o estudo da consultoria, $456.7 milhões serão provenientes de patrocínios, $251.3 milhões de transmissão, $189.2 milhões de publicidade, $103.7 milhões de ingressos e produtos, e $95.2 milhões das desenvolvedoras de jogos.

Líder do mercado, a região da América do Norte será responsável pela maior fatia do crescimento do mercado de eSports. Ainda de acordo com os dados da Newzoo, por lá a receita de eSports deve atingir $409.1 milhões (R$ 1.5 milhão). Em segundo lugar na indústria do esporte eletrônica está a China, país que será sede dos Jogos Asiáticos – evento esportivo que poderá render medalhas aos pro players pela primeira vez. Para os Jogos Asiáticos o governo chinês investiu cerca de R$ 1 bilhão na construção de uma cidade do eSport. Construído em Hangzhou, cidade no leste da China, o complexo possui 17 mil metros quadrados, hotéis temáticos e um parque de diversões para receber gamers de todo o mundo.

Principais campeonatos

Os principais campeonatos de jogos eletrônicos acontecem de acordo com a agenda dos games tidos como os favoritos entre os entusiastas do eSport. Geralmente ocorrem etapas regionais e mundiais, e as principais disputas são dos jogos: League of Legends (LoL para os íntimos), DotA 2, Counter-Strike (CS), Call of Duty, Hearthstone, PES, Fifa, Heroes of the Storm, Overwatch, entre outros.

Em 2018, o Brasil sediou grandes campeonatos como as finais da 8ª Temporada da Pro League de Rainbow Six, o Point Blank World Challenge 2018, a Rift Rivals, competição de League of Legends entre jogadores de regiões rivais, entre outras. Neste ano, a previsão é de que, com o avanço dos eSports e cada vez mais jogos ganhando popularidade, o número de campeonatos de esporte eletrônico aumente, assim como o número de arenas e estádios voltados à categoria.

eSports no Brasil

O Brasil se mantém como o terceiro país com o maior número de jogadores de eSposrts (aproximadamente 66 milhões de pessoas entre mulheres e homens), atrás apenas de Estados Unidos e China, sendo o principal da América Latina. Por aqui, o boom dos esportes eletrônicos ocorreu com a chegada da Riot, empresa do jogo League of Legends.

No país há 10 grandes times de pro players, o Kabum, o Pain e INTZ. Além disso, existe ainda uma divisão brasileira de LoL, e o e-Brasileirão, campeonato de PES organizado pela CBF. E, de acordo com levantamentos da Newzoo, pode se dizer que 8,5% da população brasileira é entusiasta dos esportes eletrônicos. O número se comprova ainda pela quantidade de novas equipes que estão surgindo nos últimos meses.

Em Santa Catarina, região sul do país, o Clube Náutico Almirante Barroso, além de ter sua equipe de futebol tradicional, anunciou recentemente o Barroso Admiral – time especial do clube voltado a eSports, criado para disputar o FIFA 19. No estado acontecem diversos eventos de entusiastas dos games e do mundo geek, nos quais há oportunidade de trocar experiências, raridades e até realizar campeonatos próprios dos grupos de gamers e nerds.

Apesar do grande número de jogadores e fãs do vídeo game, em relação a investimento e receita, o Brasil está figurando entre o 10º e 15º lugar no ranking mundial de maiores receitas de eSports. Por outro lado, segundo dados do 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, o país produziu 946 jogos no ano passado, e o número de empresas do setor aumentou 182% em quatro anos.

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