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Verão marcado por La Niña e temperatura abaixo da média em SC

O verão esteve sob a influência do fenômeno global La Niña (resfriamento das águas na região equatorial do Pacífico), com intensidade moderada a forte

Neste verão, a temperatura ficou abaixo da média climatológica, ou seja, foi um verão um pouco mais frio do que o normal (1 a 2°C abaixo), sem onda de calor e quebra de recorde de temperatura, e com registro de geada nas áreas altas do Planalto Sul nos meses de janeiro (02/01), fevereiro (07 e 18/02) e março (11 e 12/03).

Esse cenário esteve associado a bloqueios atmosféricos que mantiveram o predomínio de massas de ar seco em SC, com noites mais frias (mínima mais baixa). A La Niña, que favoreceu a chegada de massas de ar frio, com intensidade moderada, e também a chuva mais frequente no início do verão, refletiram em temperatura mais baixa durante o dia (máxima).

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O verão começou com chuva frequente e totais elevados, especialmente na Serra e no Litoral, entre a Grande Florianópolis e o Litoral Norte, onde o volume excessivo em eventos de poucos dias provocou sérios transtornos, com alagamentos e deslizamentos.

Em janeiro, o total de chuva em Schroeder chegou a 692mm. Em Urupema, o total de 391,2mm, nesse mês, foi recorde mensal absoluto na região. Em Urubuci (340mm) e Rancho Queimado (445,6mm), os totais representaram recorde para meses de janeiro. Além da chuva ocorreram temporais, com chuva forte, intensa atividade elétrica, e ventania.

Em fevereiro, a chuva foi frequente e com totais elevados no Litoral, como observado em janeiro. No interior, o padrão mudou em relação a janeiro, pois a chuva foi mais escassa e mal distribuída, com valores abaixo da média climatológica. A região mais chuvosa durante o verão foi o Litoral Norte com valores acima da média em janeiro (300 a 400mm) e em fevereiro (150 a 300mm).

Em março, o padrão foi parecido ao observado em fevereiro, com mais chuva no Litoral, no caso na Grande Florianópolis e Litoral Norte, com totais de 150mm a 300mm (acima da média em muitas cidades), e chuva escassa no restante do estado, com totais de 20 a 60 mm em média, bem abaixo da média. A chuva foi causada pela convecção, associada ao aquecimento diurno, as famosas pancadas de verão, concentradas especialmente no período da tarde e noite, cavados (áreas alongadas de baixa pressão) e passagem de frentes frias. A circulação marítima (transporte de umidade do mar para o continente), associada à combinação de um cavado no litoral de SP e um sistema de alta pressão no litoral sul do Brasil foi a grande responsável por eventos de chuva intensa na Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e Litoral Norte.

Previsão para o outono de 2021

A estação marca a transição entre o verão e o inverno, e são comuns: veranicos, períodos prolongados de temperatura mais elevada (acima de 30°C), especialmente no mês de maio; grande amplitude térmica diária (diferença de temperatura mínima e máxima do ar); e nevoeiros associados à nebulosidade baixa, com redução de visibilidade. Outra característica marcante na estação é a sensível diminuição do volume de chuva nesse período, sobretudo nos meses de abril a junho.

Neste outono de 2021 persiste a atuação da La Niña, porém com enfraquecimento nos próximos meses. Devido à influência do fenômeno, o frio deve começar mais cedo e a previsão é de temperatura abaixo da média nos meses de abril e maio, com a chegada demassas de ar frio mais intensas, com formação de geada ampla, atingindo mais regiões do estado. Em relação à chuva, a previsão é de totais próximos a abaixo da média climatológica.

Não esqueça: chuva forte, com totais elevados em curto intervalo de tempo, temporais com forte atividade elétrica (raios), granizo e ventania, ondas de frio e períodos de estiagem podem ocorrer no outono de 2021.

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