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Mães que deram a luz no Ruth Cardoso reagem a parto realizado no vaso sanitário

Diversas mães relatam ter sofrido violência obstétrica no Hospital Ruth Cardoso

Imagem ilustrativa

Após a divulgação da notícia sobre a gestante que realizou um parto no vaso sanitário e a enfermeira que teria pedido para o pai puxar a descarga, muitas leitores se manifestaram na publicação feita no facebook do Click Camboriú, que recebeu mais de 140 comentários.

Entre tantos, os comentários que mais chamam a atenção são das mães que realizaram seus partos no Hospital Ruth Cardoso e compartilham suas experiências. Muitas delas relatam ter sofrido violência obstétrica e ter passado por traumas, que carregam para o resto da vida.

Leonilda Godoy tem lembranças horríveis

“Em 15/07/2015 tive meu filho no hospital Ruth Cardoso, onde entrei na segunda e na terça fui induzida a ter parto. Como não tive dilatação, a enfermeira que estava no quarto no período matutino falou que iria ter cesárea. Ao trocar o turno das enfermeiras, no período da tarde, a outra enfermeira falou q iria ser parto normal. Então começou o famoso parto induzido. Nesse período tive dores fora do normal, sem falar no mal atendimento por parte da enfermeira. Quando chegou na madrugada de terça-feira, já fazia mais de 12 horas que a bolsa havia estourado. Então chamaram o medico novamente e realmente não havia dilatação. Fui ter meu filho às 5h45 de quarta-feira, por cesárea, e ainda quando estava na cama do parto escutei coisas horríveis da boca de uma enfermeira referente ao meu estado. Uma horrível lembrança. Então por este motivo acredito nessa mãe e nesse pai.”

Maria Luiza foi maltratada e humilhada

“Eu e meu marido planejamos durante anos ter um filho e sonhávamos com o dia do parto. Quando chegamos lá foi um pesadelo, que contando, realmente ninguém acredita. No meu caso tem que englobar toda a equipe sim porque tanto as enfermeiras quanto os médicos são iguais, não teve um que me tratou bem, foram dois dias sendo maltratada e humilhada de todas as formas por ambos. Quando uma mãe diz que foi bem atendida naquele lugar eu me pergunto porque eu e outras 500 mil sofreram lá.”

Renata Schaly não recomenda o hospital

“Eu fiquei 12 horas em trabalho de parto. Não tinha condições de um parto normal. Minha sorte foi a troca de plantão, que o médico na hora me mandou pra cesárea. Meu filho já estava quase morrendo, nem chorou quando nasceu, tava se engasgando. Não recomendo pra ninguém esse hospital.”

Debora da Silva sofreu abalo psicológico

“Há 3 meses tive minha bebê nesse hospital. Podemos dizer que existem pessoas boas e pessoas de má índole, que não são profissionais pra lidar com as pessoas. Por uns fui atendida super bem mas teve horas de contrações que me largaram 2 duas horas em um exame de 15 minutos e me esqueceram na sala. E eu estava já em contrações ritmadas, tive que, com dor, chamar alguém. Enfim, quase perdi minha filha na hora do parto, pois teve um médico de plantão absurdamente estúpido e teve uma enfermeira grossa que me maltratou depois do parto com palavras fortes sobre o meu estado. Enfim, nunca mais entro naquele lugar! Graças a Deus minha filha está bem, mas foi um abalo psicológico bem grande!”

Maria Luiza teve os dois dias mais terríveis de sua vida

“Eu fui muito mal atendida nessa maternidade, foram dois dias em trabalho de parto, os dois mais terríveis da minha vida. Enfermeiras mal educadas, médicos totalmente brutos. Aquela maternidade é um verdadeiro açougue. Eu nunca mais na minha vida quero passar nem perto, por todo o trauma que carrego. A culpa nunca é deles é sempre do paciente. Aguardamos o dia que todas as mães de Itapema e região não precisem depender dessa maternidade.

Arielly Costa se assustou com coisas que viu

“Ganhei meus dois filhos aí, pra minha sorte foi tudo bem com minha saúde. Eu consegui ter eles, mas porque não tive nenhuma complicação, porque vi umas coisa lá dentro que era de chorar de dó de algumas mães. Até forçar parto natural, sendo que a criança estava sentada, forçaram com comprimido, e a moça sofrendo a noite toda. Só na manhã seguinte quando trocou o plantão que o outro médico viu que o bebê não ia nascer de parto normal, fora a grosseria de algumas enfermeiras. Não são todas, mas algumas não serve nem pra cuidar de bicho.”

Célia Felix viu a filha e uma haitiana sofrerem

“Quem tiver sorte de pegar um plantão abençoado, dai graças! Minha filha viveu horrores nesse hospital em julho do ano passado. Só por Deus nosso Samuel veio pra casa. Nesse fatídico dia tinha uma Haitiana que sofria nas mãos deles e nem sabia falar português, só lágrimas pela humilhação ser maior que as dores. Só quem passa por isso sabe. Eu como mãe sinto as dores dela até hoje.”

Amanda Baldoino ficou traumatizada pela amiga

“Eu fui acompanhante de uma amiga durante o parto dela neste hospital, e ela sofreu também violência obstetrícia. Ela com muitas dores, sofrendo pra caramba gritava… A médica mandava ela calar a boca, pois as outras mulheres também estavam parindo e não estavam fazendo escândalo. Eu achei um absurdo! Deixaram ela por último, fizeram todos os partos, davam medicamentos para todas as outras, que estimula as contrações… Pra ela não! Ela sofreu e eu fiquei traumatizada. Não quero ter filhos devido a este episódio!”

Lay Rocha viu o sobrinho vegetar por 3 anos

“Minha irmã tbm sofreu violência obstétrica e meu sobrinho viveu 3 anos vegetando por causa de um erro médico daquele filme de terror que foi o plantão. Quem tem boca grite, porque se olhar embaixo do tapete vão ver o descaso e falta de empatia com as pessoas. Açougue! Lamentável, mais uma família destruída.”

Há também diversos outros comentários que não trazem tantos detalhes, mas que, mesmo com poucas palavras, expressam grandes traumas sofridos:

pesadelos no hospital

A publicação, com todos os comentários na íntegra, pode ser conferida no Facebook:

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