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Caso Ícaro: “Parece que querem, de qualquer modo, achar o ‘casal Nardoni’ de Balneário Camboriú”, diz advogado

Ele critica a Policia Civil, que teria começado efetivamente a investigar o caso somente 48 horas depois do ocorrido

Ícaro-Alexandre-Pereira

O relato reproduzido a seguir foi publicado originalmente na página pessoal do Facebook do advogado Frederico Goedert Gebauer, que defende a mãe e o padrasto do menino Ícaro, desaparecido desde o dia 9 de fevereiro.

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“A Polícia Civil, em especial a Delegada Ruth Henn, da Delegacia da Mulher de Balneário Camboriú, vem dizendo na imprensa que estranha o fato da família ter demorado em comunicar o desaparecimento da criança e que os depoimentos de alguns membros da família são contraditórios.

Pois bem, em que pese acharmos que o poder em Balneário Camboriú tem dono, pois até agora os advogados não conseguiram nem ter acesso aos documentos que deram origem a busca e apreensão realizada na casa, pois até o judiciário tem ajudado a cercear o direito de vistas aos autos, e também pelo fato da imprensa nem sempre publicar o que realmente é dito, temos as redes sociais, instrumentos democrático de livre manifestação do pensamento.

No mesmo dia que o Ícaro sumiu, a família avisou todas as autoridades necessárias: Guarda Municipal, Policia Militar e, pelo menos tentou, a Polícia Civil.

Por volta das 22 horas (a família deu falta do garoto por volta das 18 horas) a família deslocou-se até a delegacia de “proteção” a mulher e a criança de Balneário Camboriú.
Chegando no local, um policial cuja as características já foram repassadas a Delegada Ruth, recusou-se em gerar o boletim, dizendo que a família deveria esperar 24 horas para o registro do desaparecimento. No dia seguinte, a família retornou a delegacia, gerando então o boletim. Contudo, o policial plantonista do outro dia, gerou um boletim de “fuga de residência”. Somente no dia 11, ou seja, 48 horas depois, a Delegada ligou para a familia que retornou a delegacia e fez um novo boletim, de desaparecimento.

Ou seja, somente 48 horas depois do ocorrido, a Policia Civil efetivamente começou a investigar o caso.

Tanto é verdade que este advogado estava junto com a família quando a Delegada Ruth desculpou-se publicamente, na delegacia, pelo fato de que o Policial não registrou o fato no dia do infeliz acontecimento.

É estranho vir agora e dizer que a família demorou para informar a policia civil.

Estranho também é dizer que há contradições nos depoimentos da família. Contradição é algo que se diz aqui e que logo ali verifica-se que é impossível de ter acontecido. Algumas omissões ou palavras mal colocadas não podem jamais ser consideradas ma-fé. Até porque, o primeiro depoimento dado pela família a delegacia, principalmente pelo padrasto (que está sofrendo uma pressão enorme) fora realizado por volta das 2 horas da manha, sozinhos, sob convites de conhecer quartos escuros e gritos.

Engraçado que dizem, até por resquícios da ditadura, que os quartéis são ilhas onde direitos fundamentais não adentram. Eu, como advogado e Ex-Policial Militar por quase 10 anos, tenho vários apontamentos de dificuldades existentes dentro da caserna, contudo, as delegacias tem me mostrado um lado, no mínimo, tão obscuro quanto.

Nem as câmeras de vigilância de todos os locais foram recolhidas pela Polícia. Ontem mesmo, este advogado esteve no mini mercado que fica na rua de trás da residência do menino Ícaro, e pegou as filmagens de segunda e terça feira, que após 3 SEMANAS, a polícia ainda não tinha pego.

Parece-me que a polícia já achou o culpado. Parece que querem, de qualquer modo, achar o “casal NARDONI” de Balneário Camboriú. Não me espantarei se a qualquer hora tivermos uma prisão preventiva decretada, afinal, como falei, em Balneário Camboriú parece que o poder tem dono, apesar da família estar colaborando desde o início, dando celulares para perícia, veículos e abrindo todos os cômodos da casa (mesmo antes da busca e apreensão)
Por fim, falar sobre o espetáculo realizado na Busca e Apreensão. Desde viaturas na rua, berros, ameaças de bater na cara, desarrumação total na residência e apreensão de todos os carros desde quarta-feira, dia 24, deixando todos a pé.

Não podiam recolher os veículos somente no dia da perícia e logo liberar? A pericia, que estava marcada para sexta-feira (26) não aconteceu e agora nem tem data para ser realizada. Será que a apreensão era para evitar que provas fossem desfeitas? 3 semanas depois? Se a busca fosse realizada na primeira semana, concordo, contudo, após 3 semanas, será que se a família tivesse algo para esconder, não teria já lavado todos os carros?

Continuaremos acompanhando, afinal, acreditamos ainda que no Brasil ainda há uma Constituição vigente, apesar dos pesares. E que Deus proteja o Ícaro.”

Polícia prende padrasto de menino que desapareceu em Balneário Camboriú

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