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Opinião: sem caminhão o Brasil para

Opinião de Cassio Vieceli, advogado especialista no setor do transporte rodoviário de cargas

Caminhoneiros protestam em  rodovias do RS (Foto: Divulgação/PRF)
Caminhoneiros protestam em rodovias do RS (Foto: Divulgação/PRF)

A política econômica adotada vem assolando sobremaneira todos os brasileiros, inclusive os que votaram nos eleitos, que certamente não o fariam se soubessem o que ocorreria, mas por outro lado, era previsível. Campanha eleitoral vale tudo.

Vamos ao que interessa. A nossa presidente da República, insiste em brincar com nossa Inteligência, Já diz o ditado: SEM CAMINHÃO O BRASIL PÁRA. É o que estamos vendo, só ela não quis acreditar.

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A força do setor é enorme, e, mesmo desunido, se impõe de forma inteligente. Deixo aqui claro que sou contra proibir passagem de veículos pequenos, ônibus, carga vida e produtor perecíveis, porém, é preciso fazer algo, pois aceitar de forma submissa o que vem sendo imposto pelo Governo Federal, é omissão, é na verdade, o enterro de quem movimenta o país.

Se o transportador fosse unido, bastaria deixar o caminhão parado na empresa, ou na casa, não precisando sequer ir para a estrada. Ainda assim, diante de sua imponência, o transporte rodoviário de cargas é tratado de forma marginalizada pelo governo. A crise foi ocasionada pela corrupção que se instalou no país, pois, se tivéssemos uma legislação como nos países da Ásia, tenham certeza que tudo seria diferente.

Quem movimenta o país? O produtor. Porém, sem o caminhão o produto não sai e não chega a lugar nenhum. A cadeia produtiva fica ineficiente. É o que está começando a ocorrer.

O transportador em geral, seja empresário, autônomo, ou o motorista profissional, todos estão descontentes e preocupados com a realidade jamais vista no setor. Quem são os vilões? Pergunta fácil de responder e que geraria aqui um livro, mas vamos citar somente três. Pela ordem: 1) alto e desproporcional valor do óleo diesel; 2) alta carta tributária; 3) falta de infraestrutura; entre vários outros.

Absurdamente, o diesel representa algo em torno de 50%, em vários casos, do que representa o gasto com o veículo. A alta carga tributária inviabiliza a atividade, lembrando ainda que estão ressuscitando a CIDE. A infraestrutura é mais do que latente, basta trafegar pelos buracos Brasil afora, pois raras são as estradas que o podemos fazer, até porque nossa presidente anda muito de avião.

Alguns países produtores de petróleo, como por exemplo, a Venezuela, ficou em torno de 8 anos sem qualquer aumento no combustível, enquanto que, no Brasil, também produtor da mesma matéria prima, inclusive, descobridor do pré-sal (assim se intitula), aumenta de forma assustadora.

Como vamos cumprir a combalida e sofrível Lei dos motoristas? Cadê a infraestrutura? Locais de parada? Aonde? Não conheço, sinceramente. Resta-nos protestar como forma de mostrar ao Governo Federal que o BRASIL PÁRA SEM CAMINHÃO.

O setor deve ter o devido respeito. Como não o tem, mostra sua força. O mundo depende do transporte rodoviário de cargas. Os governantes esquecem que o alimento que eles ingerem, o remédio que usam, sai do produtor ou indústria e chega no mercado de caminhão, não é de navio ou avião, é de caminhão, repito.

Notem que já falta produto. Algumas indústrias já estão paralisando a produção, em virtude deste ato democrático denominado paralisação. Depois querem me fazer crer que o transporte não tem importância?
Alguns locais, a gasolina já está a R$ 5,00 o litro, justamente pelo fato deste produto estar tendo dificuldades em chegar nos postos de abastecimento. O alimento vai aumentar e a crise junto. Cadê o respeito senhores governantes?

É uma vergonha saber que o Governo Federal irá garantir o direito de ir e vir, como se anunciou. Eles que garantam a sobrevivência do setor de transporte, o que é mais louvável e digno, pois trata-se de ato legítimo, justificável e pacífico.

Por outro lado, alerto que qualquer manifestação havida, seja pacífica, sem arruaças ou quebra-quebras, pois precisamos mostrar a sociedade em geral quem realmente somos: uma classe sofredora e que está pagando a conta nas estradas pela incompetência de nossos gestores.

Cassio Vieceli, advogado especialista no setor do transporte rodoviário de cargas.

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