Recebi a informação que a falta de organização na ESTAR, está prestes a acabar. Funcionários com baixo desempenho nas vendas serão colocados em áreas com baixo fluxo de veículos estacionados. Tal medida será tomada devido a baixa arrecadação. Basta aguardar os próximos dias para ver se realmente a informação procede.
Diante de tais informações saí à rua para ver como estava o serviço. A análise foi feita na parte da tarde, período em que as reclamações são mais freqüentes. Reparei que os funcionários trabalham livremente e sem nenhuma fiscalização, presenciei agentes do Estacionamento Rotativo vendendo seus cartões para os comércios, função que não cabe a eles e sim à um funcionário especifico da ESTAR que deveria estar os atendendo, pois os comerciantes que revendem os cartões o compram por R$ 1,125 (Compra direta da ESTAR), o que dá uma margem de lucro de 10% para o comércio. Tal fato deixa claro o motivo que muitos comércios o venderem com ágil de até 100%, a falta de fiscalização é evidente.
Hoje quando passei novamente, foi a mesma distribuição de pessoal, porém não fui até o Pontal Norte. Não eram os mesmos agentes, já que existe um rodízio. Um ponto que me chamou a atenção foi um senhor, que deve estar próximo dos 65 anos, conhecido com o Papai-Noel, que é funcionário da ESTAR. Fiquei admirado com a força de vontade que ele tem de trabalhar anda de um lado para o outro, entusiasmo que deveria servir de exemplo aos mais novos que ficam escorados pelos bancos ou param na rua 51 para assistirem televisão, aos que hoje estavam em baixo de uma barraca da ESTAR montada na Av. da Lagoa (foto), ou aos que vão para casa dormir, ou em horário de serviço saem para resolver assuntos pessoais, pagarem suas contas, etc, fatos que já presenciei.
Tamanho desânimo dos funcionários se dá por alguns motivos, entre eles o baixo salário, para um município que tem um custo de vida altíssimo. Outro fator é o fantasma do desemprego, pois boatos surgiram que com o último relatório apresentando um prejuízo de R$ 40 mil, alguns funcionários teriam que ser desligados. O outro ponto é comum entre empresas de Balneário Camboriú, já que os funcionários da ESTAR, não são ocupantes de cargos efetivos, muitos estão de olho nos seus FGTS´s e no Seguro-desemprego e por isso estariam apresentando um péssimo desempenho na expectativa de serem demitidos.
Mas vale ressaltar que os fatos mencionados acima não justificam o déficit declarado no valor de R$ 40 mil, não se justifica pois em um único dia nas redondezas da Igreja Santa Inês, chega a ser vendido cerca de 400 cartões, isso em um único dia e em um único ponto. Imagine se somar o município inteiro. Já que a ESTAR está apresentando um prejuízo desta amplitude, é inexplicável existir pessoas interessadas em sua licitação. Tal déficit seria mais uma jogada para que a empresa fosse repassada unicamente para uma empresa? Os próximos dias se dará a resposta.