Comparando

bandeirasA viagem

Depois de quase uma década, voltei ao Rio Grande do Sul para um passeio. Visitei Porto Alegre, depois fui para Montenegro, onde cresci. Não pude deixar de comparar as coisas de lá com as coisas daqui. Muitos gaúchos moram em Balneário Camboriú, assim como em outras cidades de Santa Catarina, e as minhas constatações não são novidades, mas mesmo assim é bom comentar.

O Transporte Público

O transporte público de Porto Alegre foi algo que me chamou atenção. Nós, que somos acostumados a pagar R$ 3,10 em um Praiana para ir de Balneário Camboriú a Itajaí, em um ônibus onde você derrete no verão, e R$ 3,75 em um bondindinho, que circula apenas em duas avenidas da cidade com um trajeto curtíssimo, paguei com gosto R$ 2,95 em uma passagem de ônibus em Porto Alegre, este com ar-condicionado e adaptado para PNE, em um trajeto que dava pra ir e voltar de BC à Itajaí umas quatro vezes. Aí a gente percebe como nosso transporte público é caro e sem qualidade.

A Saúde Pública

Não precisei usar no RS, mas perguntei às pessoas. Pelo menos, as quais questionei em Montenegro, a resposta foi unânime: “aqui nosso hospital é bom, a saúde pública é de qualidade, não tenho do que me queixar”. Em 11 anos que moro em Balneário Camboriú, nunca ouvi alguém dar uma resposta dessas para a saúde pública daqui. Outro dia precisei usar o PA da Barra e, pra resumir, após ficar duas horas na espera pelo atendimento e ver uma pessoa quase morrendo lá, saí e procurei uma farmácia. Me automedicar seria, e foi, menos arriscado.

Água tratada

De todas as coisas, a água limpa que saia da torneira em Montenegro, foi de longe a que mais me chamou atenção. Sim, dá pra beber. Apesar do cloro, é limpa e transparente. Muito diferente da água que sai da torneira aqui em BC. E outra coisa que eu arregalei os olhos quando me contaram. Todos os moradores dos bairros que foram atingidos pela enchente de agosto de 2013, de lá pra cá estão recebendo a fatura da água no valor de zero reais. O governo do estado não está cobrando a água até agora.

O churrasco

Não posso deixar de falar do churrasco. Aqui, os churrascos que frequentei tem mais salsichão do que carne. Diferente de lá, que tem carne em abundância. Ah, eles chamam de “vazio” em vez de “fraldinha”. A cerveja é sempre Polar. E não pode tirar uma lasquinha da carne enquanto não terminar de assar. Terminando de escrever essa coluna com água na boca só de lembrar…

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