O ministro Leonidas Cristino, chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República garantiu hoje (12) ao prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, que serão retomados os trabalhos de dragagem do canal de acesso ao porto, assim que a correnteza do rio permitir. O prefeito lembrou ao ministro que foram as obras de rebaixamento do calado para 14 metros, que minimizaram os efeitos da enchente.
Cristino assegurou que antes mesmo dos estudos de batimetria – para verificar o assoreamento – sejam concluídos o corpo técnico da SEP dará início a estudos e simulações, como forma de agilizar os procedimentos. “O Complexo de Itajaí é muito importante no contexto portuário brasileiro e vamos precisamos que as operações sejam retomadas com a maior brevidade possível”.
A expectativa é a de os trabalhos possam começar amanhã ou, no máximo, quarta-feira. Porém, antes mesmo dos estudos estarem concluídos a empresa belga Jan de Nul estará com uma draga operando em Itajaí, fazendo com que as profundidades pré-enchente sejam retomadas o mais cedo possível.
BERÇO AVARIADO
O ministro Leonidas Cristino disse ainda que o berço 1, avariado pela velocidade das águas durante a enchente, deve ser reparado pela empresa concessionária, a APM Terminals Itajaí (APMT).Segundo o ministro, os reparos devem ficar a cargo da iniciativa privada, uma vez que o berço é arrendado. “Mas temos a certeza que a APM dará início imediatamente aos reparos, já que é de seu interesse que o berço volte às operações o mais breve possível”, acrescentou.
Com a velocidade da correnteza, devido à vazão do grande volume de água represado nos municípios do Vale do Itajaí, o berço 1 sofreu recalque, ou seja, rebaixamento da plataforma do cais em alguns pontos, variando entre 15 centímetros e 20 centímetros. A APMT ainda não tem uma posição definida com relação aos danos que a estrutura do cais sofreu, uma vez que há a necessidade de um minucioso estudo que deve iniciar amanhã, terça-feira (13), por um grupo de engenheiros contratados pela empresa.
O prefeito Jandir Bellini, que acompanhou o ministro de Portos durante toda a sua passagem por Itajaí, destacou a agilidade e boa vontade que a SEP demonstrou com relação às avarias no Complexo do Itajaí e disse que a catástrofe somente não foi maior devido aos trabalhos de dragagem que a SEP estava executando na foz do Itajaí-Açu.
“O aumento nas profundidades dos canais e a dragagem realizada a montante ampliou a vazão da água e evitou que muitas áreas do município e região fossem alagadas, como ocorreu nas enchentes de 2008, sem contar que as chuvas foram bem mais intensas”, acrescentou Bellini.