Carlos Alberto Silva, 74 anos, era muito conhecido pela sua exuberância durante o seu trabalho. Famoso em Balneário Camboriú e Florianópolis por andar de saias, com um chapéu de chifre, cantando “parabará” enquanto anunciava seus clientes em seu megafone.
Apesar da fama local, Carlos Alberto teve um enterro solitário. Apenas três pessoas, entre coveiro e funcionário da funerária, participaram de sua despedida na manhã desta quinta-feira (21), no cemitério de Barra Velha. O terceiro participante foi Sérgio Luiz Hencke, diretor da Nosso Lar, entidade onde Carlos estava internado há três meses.
Ao jornal Diário do Litoral, Sérgio disse que ninguém da família foi localizado para agilizar o sepultamento, nem para participar do enterro, e que só conseguiu sepultar Carlos Alberto, porque conseguiu uma ordem judicial que permitiu o ato. Chateado, tentou ainda proporcionar um enterro digno. Procurou várias autoridades, mas não teve apoio financeiro.
O “Homem do Chifre” havia sido internado na clínica de recuperação Viver Livre, em Balneário Camboriú, onde se livrou dos vícios. Com uma tuberculose severa, e já com a idade avançada, foi levado para a casa de apoio de Barra Velha, onde ficou internado por 90 dias e faleceu.