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Dois novos tratamentos disponíveis em Itajaí com uso de imunoterapia

Grupos de pacientes com câncer de pulmão e de mama que tinham tratamento restrito à quimioterapia e radioterapia terão acesso a medicamento experimental em pesquisa clínica

(Divulgação)
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Uma das novidades dentro da área de pesquisas clínicas vai atender pacientes com câncer de pulmão de pequenas células, que até agora eram tratados com a quimioterapia e a radioterapia. Este tipo de câncer representa hoje 15% dos tumores e é mais comum em fumantes.

O medicamento imunoterápico que será usado nos pacientes está em fase experimental no Brasil e conta com dois anticorpos que estimulam a imunidade para combater o câncer. “Há estudos preliminares que mostraram que a combinação de dois anticorpos atingiu o dobro de resposta quando comparado com apenas um imunoterápico”, pontuou o oncologista responsável pelo Centro de Novos Tratamentos Itajaí, Giuliano S. Borges.

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Para ser elegível para participar do estudo clínico, o paciente deve atender os requisitos do protocolo clínico. Entre tais critérios, o paciente deve apresentar resposta ao tratamento de primeira linha à base de platina e ter mais de 18 anos. Em Santa Catarina, o Centro de Novos Tratamentos de Itajaí será o único a receber o protocolo de pesquisa clínica. Além dele, a pesquisa clínica será realizada em outras cidades, como Ijuí, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Barretos e São Paulo.

Para pacientes com câncer de mama, o novo medicamento é para quem tem o diagnóstico de câncer de mama triplo-negativo, que é considerado o mais agressivo atualmente e representa cerca de 15% dos diagnósticos. A explicação para tanta agressividade é o rápido crescimento do tumor, o que possibilita a formação de metástases. Ele leva este nome por não possuir os receptores de estrogênio, de progesterona e HER, que tem como tratamento a base hormonal.

Para este tipo de câncer, a quimioterapia ainda continua sendo a única forma de tratamento disponível. Agora, existe um estudo em andamento com uma nova classe de medicamento, chamada imunoterapia. O medicamento é um anticorpo que tem a finalidade de se juntar a uma proteína chamada PD-L1, bloquear algumas interações de outras células e assim buscar combater as cancerígenas.

No Brasil, o estudo vai estar aberto em apenas 4 estados: SC, RS, SP e BA. Em SC nas cidades de Itajaí e Florianópolis, na Bahia em Salvador; no Rio Grande do Sul em Ijuí e Porto Alegre e em São Paulo Capital. No mundo são esperados 900 pacientes para participar do estudo, em aproximadamente 260 centros.

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