A cidade de Camboriú a partir do próximo mês contará com um grande reforço na economia da cidade. Será inaugurado o primeiro camelódromo, com 31 estandes, além de uma choperia, área administrativa, sorveteria, banheiros e uma diversificada praça de alimentação.
De acordo com o proprietário do empreendimento, Sandro Fiamoncini Garcia, 43, o camelódromo denominado A Villa do Loy, está localizado em uma área de 427m2, na Rua Victor Juvêncio Mafra. Ele conta que a escolha do nome é uma homenagem aos seus pais, seus maiores incentivadores. “Pensando neles, optei por homenagear o meu falecido avó, Eloy Garcia Junior, ele fez história em Camboriú. Trabalhou como delegado e também foi proprietário de engenho de arroz. Acredito que batizar o empreendimento com o nome dele é uma justa homenagem”.
Sandro lembra que a família Garcia é uma das mais tradicionais da cidade, inclusive seu tataravô, Thomaz Francisco Garcia, nome denominado a uma rua do município, foi um dos primeiros colonizadores, vindo de Portugal. “Ele também era atuante na política local”, disse. O empresário afirma que em decorrência desse histórico familiar, inspirou A Villa do Loy na cultura portuguesa, que é tão forte no Brasil, inclusive em Camboriú. “Cada estande ganhou uma cor, são cores primárias, e que estão presentes na arquitetura açoriana. Adotei o estilo das vilas portuguesas”, explica.
De acordo com o empresário, o terreno onde está localizado o empreendimento ele recebeu há quatro anos como herança de seus pais, que optaram por distribuir bens aos seus dois filhos, ainda em vida. “Logo que eu ganhei o terreno, tive a ideia de construir o camelódromo. Lembro que eu estava com um amigo, e desenhei rapidamente o projeto em um guardanapo. Muitos diziam que eu era louco em construir algo tão grandioso em Camboriú, e escutei de muitas pessoas que isso não daria certo. Mas contrariando a muitas opiniões eu levei esse meu desejo adiante, e hoje estou aqui, prestes a realizar este sonho”.
Ele também mencionou que desde o inicio teve o apoio de sua família, e que isso foi muito importante. “No inicio a ideia era começar com apenas 10 estandes, mas após uma reunião com minha família, ficou decidido que eu teria apoio para colocar o meu projeto em prática por completo. Eu cheguei a pensar em construir um prédio residencial. Confesso que pesou mais o desejo de ser um grande gerador de empregos”, diz. Segundo Sandro, no inicio recebeu muitas propostas para vender o terreno, inclusive de uma grande rede de lojas, mas que não aceitou.
Emprego
Sandro salienta que A Villa do Loy, tem um investimento que já ultrapassa o valor de R$ 500 mil, para ele, vai alavancar a economia da cidade e trazer muitos benefícios à população. Na fase inicial da obra, foram gerados cerca de 20 empregos diretos e 40 indiretos. “A maioria dos lojistas vai trabalhar nas lojas, mas muitos também vão contratar funcionários”. Ele menciona ainda que para incentivar os comerciantes a investirem em seu empreendimento optou por alugar as salas com valor atrativo, um salário mínimo mês, pago antecipadamente. E, para manter o local, Sandro ainda irá estipular um valor para o condomínio, para arcar gastos com segurança e limpeza.
Fábio Leite, 36, é um dos lojistas que aposta no sucesso do empreendimento. Ele conta que no começo do ano passava pelo local quando viu a construção. Disse que entrou para perguntar do que se tratava e que no mesmo momento decidiu participar do arrojado projeto. No dia seguinte ele assinou o contrato de locação.
Apostou alto e locou dois estandes para trabalhar com a esposa, o casal vai comercializar artigos para presentes e bijuterias. “É um ponto comercial localizado na região central. Vai ser uma novidade para Camboriú. Eu acredito que vai dar certo. A comunidade tem muito a ganhar, pela comodidade de ter um camelódromo perto delas e também pelos valores atrativos das mercadorias comercializadas na Villa do Loy. E, tudo que o camelódromo de Balneário Camboriú oferece, nós também vamos oferecer. Público nós temos, o que precisamos é da aceitação dos moradores”, disse.
Uillian Felipe Rocha, 29, também está bastante motivado. Ele terá dois estandes, de bonés e eletrônicos e outro de lingerie. Ele que é natural de Camboriú e conta que vendeu a vidraçaria de sua propriedade para investir nas duas lojas. “Eu aposto nesta ideia. Quero que dê certo para mim e para todos que aqui estão investindo”, conta.
O empresário Márcio Ceratti, 45, também aposta no sucesso do camelódromo. Ele que é proprietário de uma serralheria em Camboriú, lembra que soube do empreendimento quando foi procurado pelo Sandro, idealizador da A Villa do Loy. Ele me procurou para eu orçar as portas rolo dos estandes, e no mesmo momento fiquei interessado pelo negócio. Conversei com a minha esposa e na mesma semana assinei contrato. Ficamos um pouco em duvida do que comercializar na loja, mas logo decidimos pelo cosmético. De acordo com ele, a filha de 19 anos e a sua esposa vão trabalhar na loja. Além de fabricar mais de 30 portas para o camelódromo, Márcio conta que fez a parte metálica de três estandes.
Segundo alguns lojistas da A Villa do Loy, o investimento inicial das lojas varia entre R$ 30 a R$ 40 mil. A previsão de inauguração é para o dia 8 de abril, se o tempo estiver em condições favoráveis para o andamento das obras.