Não houve acordo entre trabalhadores e patrões na negociação do Piso Regional Estadual. A segunda reunião aconteceu em Florianópolis nesta terça-feira na sede da Fiesc. Os patrões ofereceram um reajuste de 7% mas a reivindicação dos trabalhadores é de 12%.
A presidente do Sechobar, Olga Ferreira, que integra a comissão de negociação representando a Fetratuh diz que a desculpa dos patrões para oferecer esse reajuste não é aceitável: “A economista que eles trouxeram apresentou dados nacionais e não de SC. Se contradizem, falam que a indústria teve queda, mas o varejo aumentou. Assim como a Indústria do Turismo também cresceu. O setor de alimentos e pecuária também. Obviamente que a indústria cresceu junto. Estatísticas verdadeiras apresentamos nós por meio do Dieese. Nós temos estatísticas, eles tem desculpas”, afirma a presidente.
O economista José Álvaro Cardoso, supervisor técnico do Dieese, afirma que não existe argumento que impeça um aumento real significativo no Piso Estadual. Ele cita alguns exemplos positivos para o país, como democracia estável, economia com fundamento sólido e investimento em infraestrutura. Ainda ressalta que isso atrai investidores e que o desemprego em Santa Catarina é de 3,2%.
A média do Piso Salarial pago atualmente está bem abaixo do salário mínimo necessário para a sobrevivência de uma família de quatro pessoas que, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), deveria ser de R$ 2.800,00.
A próxima reunião de negociação ficou marcada o dia 8 de janeiro de 2015, novamente na Fiesc. Federações, Centrais e Sindicatos de Trabalhadores de Santa Catarina têm representantes na Comissão de Trabalhadores.
A proposta de reajuste dos trabalhadores para valores do Piso Salarial Estadual, a partir de 1º de janeiro de 2015, é a seguinte:
– faixa I: de R$ 835,00 para R$ 961,00;
– faixa II: de R$ 867,00 para R$ 997,00;
– faixa III: de R$ 912,00 para R$ 1.050,00 e
– faixa IV: de R$ 957,00 para R$ 1.100,00.